Crítica: Star Wars - Episodio IV - Uma Nova Esperança


 Um marco da década de 80! É com essa frase que inicio minha critica dessa soberba trilogia, da qual admito, por muitos anos tenho me esvaído de a assistir. A história se passa numa galáxia (muito, muito distante), num futuro onde viagens estelares não são tão incomuns, o legal da trama já inicialmente é ser simples, não há, diferente do que ocorreria caso fosse um filme atual, a preocupação de mostrar porque a humanidade - isso se são humanos - chegou até lá, se houve algo com a terra ou se sequer faz-se parte do mesmo universo, eles simplesmente estão lá, vivendo suas vidinhas e se preocupando com coisas bem mais grandiosas que o passado. mas mãos ao enredo.






"Como dito anteriormente, a história não se passa em um planeta, mas sim no universo, Luke Skywalker vive numa pequena fazenda com seu tio enquanto grupos de resistência se voltam contra o império, sistema de governo que rege a galáxia da época. Em contrapartida, o império responde a altura a tais investidas dos revoltosos com uma arma militar de grande poder - capaz de explodir planetas! - a estrela da morte."
Para os fãs de Harry Potter, Senhor dos Anéis e outras histórias de sucesso, a trama do primeiro Star Wars pode trazer um efeito de dejavú, isso porque utilizam técnicas semelhantes de roteirizarão, a jornada do herói presente em tantos filmes, é realizada com perfeição no episódio IV, apresentando o dito herói e montando claramente, o caminho que ele virá a seguir nas histórias que estão por vir.

Os personagens são tão bem desenvolvidos e apresentados que o filme se torna atemporal, pois não são os efeitos especiais hediondos ou pequenos clichês que o mantém, como a tantos outros filmes da década, mas sim o corajoso Luke, a mal-encarada princesa Leia e o charlatão Han Solo, todos desenvolvidos com perfeição, qualquer um que assista ao filme imediatamente consegue criar um vinculo de afinidade com as características dos mesmos.

Mas o destaque fica por conta, claro, de Vader, creio eu, não só nessa sequencia mas em tantas outras. A voz robótica do personagem, a maldade e a mascara o tornam enigmático, mais ainda para aqueles que devem ter visto o filme na sua época de lançamento. Um vilão que qualquer um hoje em dia deve saber, é de uma profundidade ímpar, sendo que a trilogia mais recente ( ep's. I, II e III ) foi criada quase que exclusivamente para contar o passado do personagem, mas não nos atenhamos aos detalhes.

O desenvolvimento do protagonista é notável no filme, principalmente porque, indiretamente, tudo gira em torno de Luke, e fica claro isso desde que se fala de seu pai no começo do filme, podendo abrir aos mais curiosos, duvidas sobre quem o mesmo seria, já que é citado cerca de três vezes no filme, mas sem muitos detalhes, sabe-se apenas que era um Jedi, além disso os companheiros robóticos dele são em especial, mais do que qualquer outro efeito visual, o ponto alto do filme, engraçados e interessantes, os personagens são interessantíssimos - o androide lembra levemente Sheldon, de The Big Bang Theory - além deles, como alivio cômico temos também a besta Chewbacca, com sua forma bem "exótica" de comunicação.

 Uma abertura de história bem iniciada, não encontro muitas falhas para apontar, uma grande história! e que já virou, provavelmente de forma merecida, grande símbolo da cultura nerd/geek/pop desse século.